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The King of Fighters – O Filme [O REI DAS BIZARRICES] Veja por conta e risco!?

The King of Fighters – O Filme [O REI DAS BIZARRICES] Veja por conta e risco!?

Lá de meados 2009/ 2010 veio o que a principio nem quis encarar, mas era preciso tirar essa prova uma hora ou outra.

Gordon Chan o diretor do longa pelo visto não faz ideia de como é o universo de KoF, e com o orçamento de 12 milhões de dólares fez uma boyband of fighters. Os produtores Joseph,
Siew, Tim, Bobby, Jonathan, Gary e Roger produziram algo caótico e com sei lá, acho que duas coisas que lembram KoF, uma é o nome e a outra o olho vermelho do Rugal.

O que sabemos do enredo do filme? Ele é focado na ambição de Rugal para ser o rei dos lutadores, unir as dimensões e despertar Orochi, até aí OK! Temos até algo que lembra a real ambição de Rugal na pré saga Orochi, mas como o filme conta isso é bizonho.

Todos sabemos que roteiros de jogos sofrem algumas alterações quando são transportados para outras midias, mas nada justifica sacrificar o roteiro original de KoF que é genial e criar um longa medíocre. A verba pra um longa do porte de KoF não é grande, só que é filme de jogo, filme de franquia ou o que seja, é caça niquel e nisso nem os melhores se salvam, Street Fighter, Mortal Kombat e Tekken já passaram por essa fase.

Roteiro bagunçado? Espere até saber do design dos personagens a coisa vai piorar muito e é triste ver isso, o mais engraçado é que se colocassem qualquer outro nome estava tudo bem, só não tem como associar a saga Rugal e Orochi como é descrito na sinopse.

Quem é protagonista nesse filme?
Mai Shiranui, sim senhor, porque quem mais do que Mai poderia ser pareo para Rugal, Orochi e até Iori Yagami? Ninguem menos que ela, e veja que não estou menosprezando a char ela é uma das minhas favoritas na SNK, no entanto não tem como negar que a escolha não foi a melhor e o mais interessante é que não foi a pior, já que Maggie Q como Mai ficou muito legal e lembra as artes da era de ouro da SNK, o pior é o que esta em volta da Mai nesse filme.

Rugal, Rugal Bernstein, Omega Rugal ou demônio comedor de fichas, você pode dar qualquer nome a Rugal, o design dele é badass e simples ao mesmo tempo, o detalhe mais estético e que precisa de efeito ali é o olho vermelho e conseguiram fazer isso, pena que foi só isso porque Ray Park foi a pior escolha pra um Rugal, sério é horrível.

Mai, Shiranui Mai, é uma Kunoichi da série Fatal Fury e nesse longa é tida como agente sem passado, sem vinculo nenhum com os Bogard e o mais cômico, tem um relacionamento com Iori Yagami. O design da Mai é algo um pouco mais complexo de se reproduzir, mas não é impossível, só pegar as antigas artworks oficiais de The King of Fighters ou Fatal Fury, por essas artworks não achei a escolha de Maggie Q ruim e o design do traje não é lá aquelas coisas, mas pra esse longa esta na medida.

Iori Yagami, Orochi Iori, o badass que faz parte de uma banda de rock, tem cabelo ruivo e utiliza chamas roxas nos arcos Rugal e Orochi é só uma carinha nervosinho que parou de lutar, no design da sua roupa nem a grande lua das costas tiveram coragem de fazer. A lua é o simbolo dos Yagami e aqui foi simplesmente transformado em um iconezinho bem pequeno. Esperei atentamente pela liberação de Orochi por Iori só pra ver o que sairia, e o que acontece? Os olhos ficam cinzas e nada mais e no final do longa umas chaminhas azul mais ou menos aparecem nas mão de Iori.

Kyo Kusanagi, o ultimo Kusanagi e protagonista até o final da Saga Orochi aqui é retratado como um jovem qualquer que sequer sabe lutar, usar suas chamas então sem chance, o design e ator escolhido foram coisas péssimas, a rivalidade dele com o Iori que é um dos impulsos das subtramas de KoF foi simplesmente curada com frases motivacionais.

Chizuru Kagura, acho que a única que tem o papel igual ao da trama original, ela é a defensora dos artefatos divinos que são responsáveis por manter Orochi selado, a atora Françoise Vyp não foi lá a melhor escolha, mas não é de se descartar como Chizuru, o design não tem nada da original só reconheci pelo nome.

Terry Bogard, o lobo solitário do Garou Densetsu aqui é só um agente que serve como saco de pancada usando um colete vermelho com bonézinho de caminhoneiro e jeans. Outro personagem que só vi quem era quando citaram o nome, não tem nada do original nem o boné.

Curiosamente a primeira cena em que Terry aparece em um furgão preto com outros caras, todos com terno escuro tive um vislumbre de algo bom, porque você pode não se lembrar, mas ternos escuros eram usados por Geese Howard e Billy Kane nas artworks oficiais da SNK dando um ar de conspiração. Mas é aquilo, foi só vislumbre mesmo e a coisa desandou no decorrer do filme.

Nem vou me aprofundar mais no elenco, só citar a bizarrice dos auriculares que transportam os guerreiros para o “The King of Fighters” a outra dimensão do título. Criar a dimensão não é uma bizarrice, mas junte o design, elenco e mudança drástica no roteiro aí sim fica BIZARRO!

Como um filme de ação é OK, como filme da série KoF não é valido, mas se você quer assistir algo que conta um pouco de KoF mesmo que de forma resumida, mas com um bom design assista The King of Fighters: Anothers Day.

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